Prof. Magno Dantas
A cada eleição, mais aberrações são presenciadas durante as aparições do chamado “horário po-lítico gratuito”. Na verdade, ao custo de um bilhão (R$ 1.000.000.000,00) de reais, sendo 800 milhões pagos pelo contribuinte e 200 milhões pelos fundos partidários, esses horários de gratuitos não tem nada. Com tantos recursos públicos gastos de formas tão bisonhas, não seria isso que faria o contribu-inte ficar de queixo caído. O que mais chama atenção são aqueles candidatos que nada tem a dizer. Basta pararmos em frente a um aparelho de televisão e observarmos os mais variados tipos de postu-lantes a ocuparem uma confortável vaga no Legislativo (cafezinho, água mineral, ar-condicionado e muitos “xeleleus” em volta, são apenas “mimos” que passam quase despercebidos pela população).
Para sentar nas aconchegantes cadeiras da Assembléia Legislativas de Pernambuco, os candida-tos são capazes de muitas peripécias. Desde apoio de correligionários, afagos e tapinhas nas costas de quem o objetivou com vários adjetivos pouco respeitosos e até se submetem as maiores aberrações nos famosos programas eleitorais nem um pouco gratuito. Quando se trata das apresentações televisivas, as coisas muitas vezes ficam apavorantes. Formas variadas de propagandas não faltam. Tem um sujeito dizendo: “- Vote em mim, meu número é ....90” leva sua mão a garganta, depois, aponta o nariz em e profere – nó/venta – em alusão aos dizeres – nó e venta (forma peculiar de chamarmos o nariz). Ora... ora... ora... não nos faltava mais nada.
Alguns, sem a mínima cerimônia, vêm a público implorar por seu mandato apenas dizendo: “- Vote em mim, pois me sinto preparado para representar a minha cidade.”. Tem também aqueles que de tão despreparados, não dizem uma única palavra. Apresentado apenas pelo narrador, vê-se de imediato ser totalmente incapaz de exercer a função pública da qual é candidato. Para completar a total falta de responsabilidade com a função, no estado de São Paulo aparece o comediante de nome Tiririca. Como comediante, essa figura é tétrica e como político, se eleito, certamente vai ser um desastre.
O mestre Ariano Suassuna, no alto de sua sabedoria disse: “- Só existem dois tipos de cantadores de viola: o bom, aquele que tem dom mesmo pra fazer a coisa, e o ruim, pra gente rir do que ele faz.” Com a política é a mesma coisa, só que com um agravante: são esses incompetentes de plantão que formalizam, através de suas canetas, impropérios públicos dignos de um surrealismo apenas vistos nos quadros de Salvador Dali.
Os cargos a disposição dos candidatos na Assembléia Legislativa no Estado de Pernambuco não podem ser ocupados para oferecer oportunidade de “experiência para a vida pública”. A população não pode ficar a mercê de falsas promessas, assim como também é uma total irresponsabilidade dos que afiançam essas experiências desgastantes e desnecessárias.
Por essa razão caro eleitor, dia 03 de outubro não jogue fora a oportunidade de fazer o certo.
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