Spiga

quarta-feira, 2 de março de 2011

INDEPENDENTES

Soltam-se as amarras e a nau segue mar a dentro, ao bel prazer das correntes de vento que banham o hemisfério sul desta américa tão espantosa em suas relações políticas.
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri! ( Navio Negreiro/Castro Alves )

Rindo de tudo e todos, eis que reaparece a velha máquina de vícios e pecados. Comprando a alma de quem grita. Mas grita o que? Independência... independência... independência. Mas morre na praia como uma baleia desgovernada, em busca de uma direção correta que a levará fatalmente à morte. Independência gritam tantos mais... independência gritam os desavisados. Morte aos ideais... Terra para os capatazes e choro para os sonhadores. O que queres, uma vitrine? Ao acaso sois tu um produto exposto à escolha de todos? Ao acaso caminhas em direção aos teus objetivos ou padecerás única e exclusivamente abraçados aos ideais alheios. Avante sigamos. Combalidos mas não vencidos. Surpresa? Mais nenhuma. Verdade? Todas. E saúde ao povo de São Lourenço da Mata. – Tim... tim...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MARTELANDO MINHA MENTE

“Antes de se aprofundar na análise, cabe transcrever aqui o conceito de doping trazido pelo artigo 101 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: “Dopagem é a utilização de substância, método ou qualquer outro meio proibido, com o objetivo de obter modificação artificial de rendimento mental...”

Lendo este artigo publicado por Juliana Vieira Costa, acadêmica do 9º semestre de Direito da Universidade Paulista – campus Araçatuba, e Estagiária do Ministério Público do Estado de São Paulo,resolvi retirar essa parte do documento e fixa-la em minhas opiniões, pois no momento que o lia, não podia deixar de pensar um só minuto, nos índices de intenção de votos que estão estampados nos principais jornais do país, onde existem indicações de que a candidata do PT à Presidência da República, tem seus percentuais de intenção de votos caírem vertiginosamente.

As traições são ações presentes no nosso dia a dia. Quem não conhece uma pessoa que mudou de lado apenas por um punhado de dinheiro? Quem não conhece alguém que negou descaradamente ter dito alguma coisa, quando na verdade essa pessoa o disse? Quemnunca viu um candidato subir num palanque e prometer mundos e fundos e depois de eleito, nada.

O que fez Joaquim Silvério dos Reis? Traiu a inconfidência mineira e entregou Tiradentes.O que fez Marcus Junius Brutos? Apunhalou pelas costas o Imperador Romano Júlio César,atacado por um grupo de senadores, gerando a conhecida frase: “Até tú, Brutos?”. E mais: O que fez Judas com Jesus? O que estão fazendo com Luiz Inácio Lula da Silva agora não se assemelha com todos os fatos aqui descritos?

E você se pergunta caro leitor: O que tem todos esses fatos com o texto acima citado? E eu respondo: Tudo. Afinal só estando com a cabeça cheia de “Cannabis Sativa” ou a popularmente conhecida “maconha” ou de benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóicoque é um alcalóide usado como droga, derivada do arbusto Erythroxylume popularmente conhecida como “cocaína” para trocar de lado, na forma que se apresente essa mudança de opinião de alguns eleitores. Que me perdoem os que não concordam, mas não sou uma pessoa de esconder minhas opiniões. Quem me conhece sabe disso.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

OS POSTULANTES AOS CARGOS EM TEMPO DE ELEIÇÃO.

Prof. Magno Dantas

A cada eleição, mais aberrações são presenciadas durante as aparições do chamado “horário po-lítico gratuito”. Na verdade, ao custo de um bilhão (R$ 1.000.000.000,00) de reais, sendo 800 milhões pagos pelo contribuinte e 200 milhões pelos fundos partidários, esses horários de gratuitos não tem nada. Com tantos recursos públicos gastos de formas tão bisonhas, não seria isso que faria o contribu-inte ficar de queixo caído. O que mais chama atenção são aqueles candidatos que nada tem a dizer. Basta pararmos em frente a um aparelho de televisão e observarmos os mais variados tipos de postu-lantes a ocuparem uma confortável vaga no Legislativo (cafezinho, água mineral, ar-condicionado e muitos “xeleleus” em volta, são apenas “mimos” que passam quase despercebidos pela população).

Para sentar nas aconchegantes cadeiras da Assembléia Legislativas de Pernambuco, os candida-tos são capazes de muitas peripécias. Desde apoio de correligionários, afagos e tapinhas nas costas de quem o objetivou com vários adjetivos pouco respeitosos e até se submetem as maiores aberrações nos famosos programas eleitorais nem um pouco gratuito. Quando se trata das apresentações televisivas, as coisas muitas vezes ficam apavorantes. Formas variadas de propagandas não faltam. Tem um sujeito dizendo: “- Vote em mim, meu número é ....90” leva sua mão a garganta, depois, aponta o nariz em e profere – nó/venta – em alusão aos dizeres – nó e venta (forma peculiar de chamarmos o nariz). Ora... ora... ora... não nos faltava mais nada.

Alguns, sem a mínima cerimônia, vêm a público implorar por seu mandato apenas dizendo: “- Vote em mim, pois me sinto preparado para representar a minha cidade.”. Tem também aqueles que de tão despreparados, não dizem uma única palavra. Apresentado apenas pelo narrador, vê-se de imediato ser totalmente incapaz de exercer a função pública da qual é candidato. Para completar a total falta de responsabilidade com a função, no estado de São Paulo aparece o comediante de nome Tiririca. Como comediante, essa figura é tétrica e como político, se eleito, certamente vai ser um desastre.
O mestre Ariano Suassuna, no alto de sua sabedoria disse: “- Só existem dois tipos de cantadores de viola: o bom, aquele que tem dom mesmo pra fazer a coisa, e o ruim, pra gente rir do que ele faz.” Com a política é a mesma coisa, só que com um agravante: são esses incompetentes de plantão que formalizam, através de suas canetas, impropérios públicos dignos de um surrealismo apenas vistos nos quadros de Salvador Dali.

Os cargos a disposição dos candidatos na Assembléia Legislativa no Estado de Pernambuco não podem ser ocupados para oferecer oportunidade de “experiência para a vida pública”. A população não pode ficar a mercê de falsas promessas, assim como também é uma total irresponsabilidade dos que afiançam essas experiências desgastantes e desnecessárias.
Por essa razão caro eleitor, dia 03 de outubro não jogue fora a oportunidade de fazer o certo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Panem et circenses

Prof. Magno Dantas

Durante o desenvolver da humanidade, as experiências vividas foram sendo armazenadas e selecionadas como base para as ações que seriam e serão desenvolvidas no futuro. A esse banco de dados armazenado, sejam nas pinturas rupestres (Pré-História), sejam as Tábuas dos Dez Mandamentos do Deus de Abraão recebida por Moisés 1500 anos antes de Cristo e até mesmo o recente filme Avatar ou em qualquer outra forma de memória, damos o nome de história.

No desenrolar dessas experiências, a humanidade entra no que chamamos de período pós-nascimento do maior mensageiro de paz e igualdade já existente em toda a nosso história, que foi Jesus Cristo. Claro e como todos nós já sabemos, os homens preferiram eliminar esse mensageiro a ter que segui-lo. Afinal acompanhá-lo seria ter de dividir o pão (e olhe que essa mensagem vai bem além do que simplesmente repartimos o alimento em frações), expor a outra face para que fosse também esbofeteada (e há ai uma grande mensagem de humildade) e não fazer da palavra de Deus comércio em favor próprio ou do outro (coisa muito comum em nossos dias). Seguir Jesus Cristo seria termos verdadeiras ações de caridade, respeito e civilidade.

A humanidade seguiu seu rumo e 180 anos depois do absurdo ato de crucificação de Jesus, a raça humana ainda via-se envolvida no Império que faria a sua história nunca mais ser a mesma – O Império Romano. Durante sua vigência muitas arbitrariedades foram realizadas, como é de costume em governos tiranos e não democrático. Neste contexto, um cidadão de nome Comodo (Imperador) filho de Marco Aurélio (também Imperador de Roma) criou um dos modos mais antigos que se tem notícia de enganar a população pobre e faminta desse planeta – O “Pão e Circo”. E o que seria essa ação? Durante essa fase do Império Romano, os Imperadores Marco Aurélio e Comodo (os dois, pai e filho, administraram o Império Romano em conjunto por muitos anos) aumentou substancialmente a quantidade de escravos, o que levou a um grande êxodo rural, composto de pessoas a beira totalmente da miséria, em busca de uma qualidade de vida melhor. Esse êxodo trouxe consigo a insatisfação e a revolta de grande parte do Império. Comodo manda que se construam inúmeras “arenas”, onde gladiadores entram em confronto durante todo o dia (evidentemente que hoje seria um “circo dos horrores”, mas naquela época não era). A população era convidada a assistir esses combates. Ao adentrarem nas arquibancadas das “arenas”, cada espectador ganhava um pão e assim podia mata sua fome. Numa Visão bem superficial estão resolvidos dois grandes problemas (ao menos na visão dos Imperadores). Dessa forma foi criada a política do “pão e circo”.

Muitos anos se passaram e a impressão que tenho é de que no Brasil quase nada ou muito pouco mudou. As cestas- básicas distribuídas para a população parecem muito com as ações do Imperador Comodo. É verdade que os jogadores de futebol não lembram nada os gladiadores que lutavam no Império Romano, mas as arenas de futebol, por muitas vezes me dão a impressão que são feitas para substituir as antigas arenas romanas. – Não solucionam os problemas, mas deixam a população feliz. É a política do Pão e do Circo ainda com força total. É isso que nós merecemos?

terça-feira, 27 de abril de 2010

ONDE ESTÁ A MEMÓRIA DO POVO?

Professor Magno Dantas

Ouvir uma conhecida autoridade, já em idade avançada, esbanjar alegria e falar em desenvolvimento, felicidade, emprego e progresso, até ai tudo bem. Depois ouvi incrédulas palavras que diziam auto e bom som que o que interessa é o presente e o futuro. Ora, um representante popular que prefere apagar o passado ao ter que lembrá-lo é coisa muito esquisita, afinal o que faremos com todo o nosso processo histórico? O que faríamos com nomes como Hitler, Idi Amim Dada, Geisel, Medici entre outros crápulas que passaram pela humanidade e deixaram um rastro de coisas que não prestam?

O que faz um bom político? Boas obras, ruas pavimentadas, praças? E o material humano? O emprego, o salário decente, o transporte adequado, fornecimento de água e esgoto, a saúde tratada com respeito, a educação e a segurança pública, onde estão? Então não há razão para apagarmos o passado, ou há?

Quando nós, pobres mortais, procuramos um emprego, nos é exigido um curriculum-vitae que é exatamente o passado de nossa vida. - Ora, que me respondam os mais atentos: Quem concedeu o mandato a este ou aquele político e, aguardou até agora e nada pode observar de produtivo, deve simplesmente apagar o passado? É interessante colocar que passamos anos e mais anos sem ouvir falar de alguns eleitos e agora que é chegada a hora da prestação de contas, eles pedem para que esqueçamos o passado e jurando amores eternos. Seria o milagre dos sentimentos, uma crise de consciência ou seria o ano eleitoral? O fato e a verdade é que toda a população tem que ser estimulada e precisa fazer um enorme esforço para se lembrar o nome de quem foi honrado com seu voto. Qual a simples razão de tudo isso? Depois de eleito, o representante popular faz questão de ter um carro novo, vidro com película negra (de preferência bem escura) e distância do povo. Prática comum. E ainda há quem diga que isso não é verdade. O fato é que essas ações já são tão costumeiras que passam desapercebidas pela própria população, que em sua grande parcela se encarrega de achar interessante o fato de seu candidato passear de carro novo e passar com pose de onipotente.
Com a eleição e reeleição do Presidente Lula essas relações deveriam ter sido alteradas, a final das contas o Governo Federal fez o que pode neste sentido, no entanto o fato é que maioria de seus comandados preferiu manter as coisas como elas sempre foram. O povo apesar de sábio tem memória curta. Pior do que tudo isso é fato de a memória ser curta, mas as necessidades ainda serem enormes, gerando em pleno século XXI a venda do voto por emprego, telhas, cimento e tudo mais que você, caro leitor, possa imaginar. Nessa situação, quem menos tem culpa são as pessoas que na sua maioria são enganados com falsas promessas de uma vida melhor e ai permitam-me citar Nelson Mandela: “- Democracia com fome, sem educação e saúde para a maioria, é uma concha vazia.” Sábias palavras de Mandela.

A relação poder público e população, precisa está sempre muito alinhada, nivelada e com objetivos comuns. Os Executivos eleitos, sejam municipal, estadual ou federal não são senhores de suas ações, mas instrumento da vontade popular. O mesmo serve aos legislativos, pois são indicados pelo povo, para o povo e com o povo devem sempre ficar. Apenas os cargos ditos de “confiança” devem submissão aos poderes que lhe nomeiam e ainda assim, esses cargos têm a obrigação de zelar por tudo que é público, sejam patrimônios ou verbas, afinal as vendas destas obrigações tem o nome de corrupção.

É absolutamente indecente o enriquecimento, o favorecimento ou qualquer tipo de benesse através de cargos comissionados ou verbas públicas. Por isso é que é chegada a hora de começarmos a movimentar as bases populares. É preciso que a classe popular mais carente, que é a grande maioria do povo, comece a mudar os alicerces para que assim possamos construir um futuro melhor para nossos filhos. É hora de mudarmos o cenário político que nos cerca, afinal a manutenção dos que sempre estiveram no poder, significa a manutenção de todo o círculo vicioso que compõe a nossa sociedade. Um poder absoluto, regado de puxa-sacos por todos os lados, andando de roupas e carros novos, beneficiando de forma direta ou indireta seus apadrinhados e a população se alimentando de migalhas. É isso que nós merecemos?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A CAMINHO DO SOCIALISMO

Professor Magno Dantas

As coisas são como são. Há anos que debato com conhecidos o fato de que em São Lourenço da Mata os palanques políticos são construídos de concreto, diferente dos grandes centros onde depois da contagem dos votos a vida volta sua normalidade. Independente da legenda defendida, grande parte da população se comporta como se existisse uma permanente temporada política de campanha pré-eleitoral. É verdade que com o atual calendário, mal terminamos uma eleição e já se começa negociações para próxima.

O que é de espantar é ver representantes das oligarquias tradicionais atrelados a partidos socialistas, latifundiários misturados com trabalhadores e sindicalistas subalternos a poderes executivos.

Podemos entender essas situações antagônicas pelo simples fato de que vivemos hoje, até por força de um grande período oligárquico vivido pelo Brasil desde sua “descoberta”, um estado capitalista travestido de socialista. Diferente do capitalismo, o socialismo é uma forma de organização social onde a distribuição equilibrada de riquezas e das propriedades tem a finalidade de oferecer a todos um modo de vida mais justo.
Essa distribuição equilibrada não passa pelo “favorecimento” a correligionários, mas por uma distribuição harmoniosa do trabalho, do capital e da distribuição de bens que serão divididos entre a população.

Esse que vos fala ousa discordar de alguns pontos de vistas do idealizador do socialismo, o pensador Karl Marx quando coloca que: “somente com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores.”, afinal com a ascensão à Presidência da República de um representante dos trabalhadores, ficou claro que a passagem do “Capitalismo para um Socialismo” pode e deve ser feito de forma suave e harmoniosa, sem hipocrisias e muito menos prejuízos a qualquer um dos grupos que formam a sociedade contemporânea.

O que é preciso mudar é a essência das ações. Não se pode governar apenas para aqueles que elegeram o candidato. Não se pode permitir que parte da população torça para que tudo de errado, pelo simples fato do candidato eleito não ser da cor predileta. Sobretudo é preciso lembrar que essas mudanças devem partir de quem tem por obrigação ser o exemplo. Não se pode viver eternamente da distribuição de alimentos, através de cestas básicas ou de favorecimentos obscuros. Pelo bem de São Lourenço da Mata e pelo futuro de seus habitantes.